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Crematórios no Brasil - Entenda como funciona

A cremação é uma prática cada vez mais comum no Brasil, escolhida por motivos econômicos, ambientais e pessoais.
Conheça o funcionamento dos crematórios, custos, regulamentações, aspectos culturais e tendências recentes, oferecendo informações técnicas e úteis para quem busca entender o tema.
Com base em dados atualizados, abordamos desde a quantidade de crematórios no país até os cuidados ao escolher um serviço, respondendo às dúvidas mais frequentes de forma clara e objetiva.
- História da cremação
- O que são crematórios e como funcionam?
- Quantos crematórios existem no Brasil?
- Como funciona o processo de cremação?
- Cremação Pet
- Equipamentos de um crematório
- Custos da cremação no Brasil
- Requisitos legais para cremação
- Aspectos técnicos da cremação
- Cremação e cultura no Brasil
- Cuidados ao escolher um crematório
- Vantagens da cremação
História da cremação
A prática da cremação remonta a cerca de 25.000 anos atrás, com evidências arqueológicas encontradas em sítios na Austrália e na Europa. Civilizações antigas, como gregos e romanos, adotaram a cremação como parte de seus rituais funerários, valorizando-a como um meio de liberar a alma.
Na Idade Média, a prática diminuiu na Europa devido à influência cristã, que preferia o sepultamento, mas ressurgiu no século XIX com avanços tecnológicos e mudanças culturais.
O que são crematórios e como funcionam?

Os crematórios são instalações especializadas na incineração de corpos humanos em fornos de alta temperatura, entre 850°C e 1.200°C, reduzindo-os a cinzas. No Brasil, o primeiro crematório, o Crematório Vila Alpina, em São Paulo, foi inaugurado em 1974, marcando o início dessa prática na América Latina. O processo é altamente técnico, garantindo segurança, respeito e eficiência.
O procedimento começa com a identificação do corpo, que é armazenado em uma câmara fria até o momento da cremação. O corpo é colocado em um caixão simples, geralmente de madeira sem verniz ou metal, para facilitar a incineração.
Durante a cremação, que dura de 2 a 4 horas, o caixão é incinerado junto com o corpo, mas componentes metálicos, como próteses, são removidos previamente. Após a queima, os fragmentos ósseos restantes são moídos em um processador para formar as cinzas, que pesam entre 1 e 2 kg. Essas cinzas são entregues à família em uma urna cinerária, geralmente dentro de 20 dias úteis.
O processo é individual, garantindo que as cinzas de cada pessoa sejam preservadas separadamente. Crematórios modernos, como os associados à ACEMBRA (Associação dos Cemitérios e Crematórios do Brasil), utilizam filtros avançados para minimizar emissões, tornando a prática mais ecológica.





















Quantos crematórios existem no Brasil?
Em 2018, o Brasil contava com mais de 100 crematórios, e esse número tem crescido devido à aceitação cultural e à urbanização. A maioria está concentrada em grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e Guarulhos. São Paulo lidera com o Crematório Vila Alpina, que realiza cerca de 300 cremações mensais e é gerido pelo Serviço Funerário do Município. Outras cidades, como Blumenau e Campinas, também possuem crematórios privados de alta qualidade.
Crematórios públicos, como o Vila Alpina, oferecem serviços a preços acessíveis, a partir de R$ 204,59, enquanto os privados variam conforme os serviços adicionais. A tabela abaixo resume a distribuição de crematórios em algumas cidades brasileiras:
Cidade | Crematórios notáveis | Tipo |
---|---|---|
São Paulo | Crematório Vila Alpina | Público |
Rio de Janeiro | Crematório do Caju | Público/Privado |
Porto Alegre | Crematório Metropolitano | Privado |
Curitiba | Crematório Vaticano | Privado |
Guarulhos | Crematório de Guarulhos | Privado |
A expansão dos crematórios reflete a demanda crescente por alternativas ao sepultamento tradicional, especialmente em áreas urbanas onde o espaço para cemitérios é limitado.
Como funciona o processo de cremação?
O processo de cremação é conduzido com rigor técnico para garantir respeito e eficiência. Inicialmente, o corpo é armazenado em uma câmara fria para preservação até o momento da cremação. Antes de ser colocado no forno, itens como joias, marca-passos ou próteses metálicas são removidos para evitar danos ao equipamento ou contaminação das cinzas.
O corpo é então inserido em um forno crematório, onde é exposto a temperaturas entre 850°C e 1.200°C. Esse calor intenso reduz o corpo a fragmentos ósseos em um período médio de 2 a 3 horas. Após o resfriamento, os fragmentos são processados em um triturador especial, resultando em cinzas finas entregues à família em uma urna.
Individualidade do processo
A cremação é realizada de forma individual, garantindo que as cinzas entregues sejam exclusivamente do ente querido ou animal de estimação. Crematórios modernos seguem protocolos rígidos, com identificação do corpo em todas as etapas, para evitar qualquer possibilidade de mistura. Esse cuidado é essencial para transmitir confiança às famílias e respeitar as normas regulamentadoras.
Tempo e temperatura
A duração da cremação depende do tamanho do corpo e da eficiência do forno, mas geralmente leva entre 2 e 3 horas. A temperatura elevada, que pode atingir 1.200°C, é necessária para garantir a completa redução do corpo. Fornos modernos possuem câmaras secundárias que queimam gases residuais, reduzindo emissões e atendendo às normas ambientais.
Cremação Pet
A cremação de animais de estimação tem crescido significativamente, impulsionada pelo aumento do apego aos pets. Serviços como o Crematório Pet Memorial, em São Paulo, oferecem cremação individual ou coletiva para animais.
O processo é semelhante ao da cremação humana, mas adaptado para corpos menores, com fornos específicos e urnas personalizadas. Os custos variam de R$ 500 a R$ 2.000, dependendo do tipo de serviço e do porte do animal.
Tipo de cremação pet | Descrição | Custo aproximado |
---|---|---|
Individual | Cinzas entregues à família | R$ 800 - R$ 2.000 |
Coletiva | Cinzas não entregues, processo compartilhado | R$ 500 - R$ 1.000 |
Equipamentos de um crematório
Forno
O coração de um crematório é o forno crematório, uma máquina projetada para operar em altas temperaturas com segurança e eficiência.
Esses fornos são construídos com materiais refratários que suportam calor extremo e possuem sistemas de controle digital para regular a temperatura e o fluxo de ar. Uma câmara secundária queima os gases emitidos durante o processo, minimizando poluentes e atendendo às regulamentações ambientais, como as normas da Cetesb no Brasil.
Outros equipamentos
Além do forno, os crematórios utilizam câmaras frias para armazenar corpos antes da cremação, garantindo a preservação. Sistemas de filtragem de gases são essenciais para reduzir emissões de partículas e cumprir padrões ambientais.
Equipamentos de moagem, conhecidos como cremulator, transformam os fragmentos ósseos em cinzas uniformes. Esses sistemas são projetados para operar com alta precisão, assegurando um processo limpo e respeitoso.
Equipamento | Função |
---|---|
Forno Crematório | Reduz o corpo a cinzas por alta temperatura |
Câmara Fria | Preserva o corpo antes da cremação |
Sistema de Filtragem | Reduz emissões de gases poluentes |
Cremulator | Tritura fragmentos ósseos em cinzas finas |
Custos da cremação no Brasil
O custo de uma cremação no Brasil varia de R$ 2.500 a R$ 7.000, dependendo da localização, serviços incluídos (como velório ou tanatopraxia) e tipo de urna. Em comparação com o sepultamento, a cremação é frequentemente mais econômica, já que elimina despesas de longo prazo, como manutenção de jazigos, que podem custar R$ 12.500 a cada 10 anos.
Em São Paulo, o Programa Municipal de Cremação Social garante cremação gratuita para famílias de baixa renda e doadores de órgãos, uma iniciativa que reflete o compromisso com a acessibilidade. Crematórios privados, como os geridos pela Velar SP Funerária ou Cortel, oferecem pacotes que incluem velório, cerimônias personalizadas e urnas decorativas, elevando o custo. A tabela a seguir detalha os fatores que influenciam o preço:
Fator | Impacto no custo |
---|---|
Localização | Mais caro em capitais como SP e RJ |
Velório | Adiciona R$ 500 a R$ 2.000 |
Tipo de urna | Simples (R$ 200) a personalizada (R$ 2.000) |
Traslado | R$ 500 a R$ 1.500, dependendo da distância |
Tanatopraxia | R$ 300 a R$ 1.000 para preparação do corpo |
Alguns planos funerários permitem parcelar custos, tornando a cremação acessível a mais famílias.





















Requisitos legais para cremação
A cremação no Brasil é regulamentada para garantir respeito e segurança. É necessária uma autorização formal, que pode ser uma Declaração de Vontade registrada em cartório pelo falecido ou a permissão de um parente de primeiro grau (cônjuge, pais ou filhos). A certidão de óbito, assinada por dois médicos, é obrigatória, assim como documentos como RG, CPF e comprovante de residência.
A espera mínima para cremação é de 24 horas, mas pode se estender a 72 horas em casos de exigências religiosas ou legais, como investigações criminais. Pessoas sob investigação judicial ou sem autorização expressa não podem ser cremadas. Órgãos como a SP-Regula, em São Paulo, e a Subsecretaria de Assuntos Funerários, no Distrito Federal, fiscalizam o cumprimento dessas normas, recebendo denúncias pelo Portal 156 ou canais diretos.
Aspectos técnicos da cremação
Durante a cremação, a maioria dos tecidos orgânicos é incinerada, mas fragmentos ósseos resistem às altas temperaturas. Esses fragmentos são processados para formar as cinzas, que são estéreis e seguras. Contrariando mitos, os dentes também queimam, embora possam deixar resíduos que são moídos junto com os ossos. As cinzas são entregues em urnas cinerárias, que variam de modelos simples a biodegradáveis.
A tecnologia moderna garante que cada cremação seja individual, com fornos projetados para evitar contaminação entre processos. Crematórios certificados pelo SINCEP (Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil) seguem padrões rigorosos de segurança e higiene.
Cremação e cultura no Brasil
A cremação é aceita por religiões como o catolicismo (desde os anos 1960) e o budismo, mas proibida por judaísmo e islamismo. Culturalmente, o Brasil tem adotado a prática em ritmo acelerado, especialmente em áreas urbanas. A cremação é considerada ecológica, pois evita a contaminação do solo e lençóis freáticos, comum em sepultamentos. Filtros avançados nos crematórios reduzem emissões, alinhando-se a preocupações ambientais.
As cinzas podem ser guardadas em casa, dispersas em locais permitidos (como jardins de crematórios ou áreas naturais), enterradas ou transformadas em diamantes, uma tendência crescente. No Crematório Vila Alpina, cinzas não retiradas são espalhadas em seus jardins, respeitando a legislação local.





















Tendências e personalização
A personalização é uma tendência forte no setor. Crematórios oferecem velórios antes da cremação, com cerimônias adaptadas a diferentes crenças, como as realizadas pela Velar SP Funerária. Urnas cinerárias variam de modelos biodegradáveis a designs personalizados, atendendo a preferências estéticas ou práticas. A transformação de cinzas em diamantes, oferecida por empresas especializadas, é uma inovação que atrai quem busca um memorial único.
Outra tendência é a cremação de restos mortais exumados, permitindo que famílias atendam a desejos póstumos de entes falecidos anos atrás. A cremação de animais de estimação também ganha espaço, com crematórios especializados em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
Cuidados ao escolher um crematório
Escolher um crematório exige atenção a detalhes técnicos e legais. Verifique se a empresa possui certificações, como o Selo ACEMBRA de Excelência ou o Selo SINCEP de Qualidade, que garantem padrões de operação. Confirme a transparência nos custos, exigindo orçamentos detalhados que incluam velório, traslado e urna. Crematórios associados à ACEMBRA ou SINCEP, como os geridos pela Cortel, oferecem maior confiabilidade.
Considere a localização e a acessibilidade. Crematórios públicos, como o Vila Alpina, são ideais para quem busca economia, enquanto os privados oferecem mais opções de personalização. Avalie avaliações, como as verificadas pela Trustindex para a ASSIST BRASIL Funerária, e consulte canais como o Portal 156 para denúncias ou dúvidas.
Vantagens da cremação
A cremação apresenta benefícios claros:
- Custo: Mais barata que sepultamentos a longo prazo, sem despesas de manutenção de jazigos.
- Ecologia: Reduz impacto ambiental, evitando contaminação do solo.
- Flexibilidade: As cinzas podem ser guardadas, dispersas ou transformadas, atendendo a desejos pessoais.
- Espaço: Ideal para áreas urbanas com cemitérios saturados.
- Personalização: Permite cerimônias e urnas adaptadas às preferências da família.
Em História e cultura dos cemitérios temos diversos artigos sobre este tema.
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