Exumação: Guia completo sobre o processo, prazos e custos

Exumação

A exumação é a retirada dos restos mortais de um túmulo, geralmente após um período determinado. O objetivo pode ser liberar espaço no cemitério, realizar exames forenses, transladar os restos para outro local ou por outras razões específicas.

Conteúdo
  1. O que é exumação?
    1. O ato de desenterrar restos mortais
    2. Qual a diferença entre exumação e sepultamento?
  2. Por que a exumação acontece?
    1. Motivos administrativos: prazo do jazigo e falta de espaço
    2. Solicitação da família: transferência ou cremação
    3. Determinação judicial: investigações criminais ou de paternidade (DNA)
  3. Exumação é obrigatória?
    1. Regras gerais para cemitérios públicos e particulares
    2. O que ocorre se a família não autorizar ou não for localizada?
    3. Consequências de não realizar a exumação quando exigida por lei ou contrato
  4. Prazos legais para exumação no Brasil
    1. O prazo padrão de 3 anos após o sepultamento
    2. Existem exceções a essa regra de tempo?
    3. Como verificar o prazo específico para um túmulo?
  5. Quem pode solicitar e autorizar a exumação?
    1. O papel da família e do responsável legal pelo jazigo
    2. Quando a autorização judicial se torna indispensável?
    3. A administração do cemitério pode iniciar o processo?
  6. Como funciona o procedimento de exumação?
    1. Passo a passo da notificação à retirada dos despojos
    2. Profissionais envolvidos e equipamentos de proteção individual (EPI)
    3. Protocolos de segurança e higiene durante o processo
  7. Documentos necessários para a exumação
    1. Certidão de Óbito, RG, CPF, comprovante de parentesco
    2. Onde solicitar a autorização e entregar a documentação?
  8. Quanto custa uma exumação?
    1. Taxas comuns cobradas pelos cemitérios (taxa de exumação)
    2. Quem é o responsável pelo pagamento dessas taxas?
    3. Fatores que podem influenciar o valor final do serviço
  9. O destino dos restos mortais após a exumação
    1. Ossuário individual ou comunitário, urna menor
    2. Cremação dos ossos como alternativa
    3. Como a família participa da decisão sobre o destino?

O que é exumação?

A exumação é um termo técnico utilizado no contexto funerário que se refere ao ato de desenterrar, ou seja, retirar os restos mortais de uma pessoa do local onde foram originalmente sepultados. Esse procedimento envolve a abertura da sepultura (seja um túmulo, jazigo ou cova) para acessar e remover os despojos, que geralmente consistem na ossada após o processo natural de decomposição.

É um processo regulamentado por lei e normas sanitárias, realizado por profissionais qualificados e que ocorre por diferentes motivos, desde questões administrativas dos cemitérios até necessidades legais ou familiares.

O ato de desenterrar restos mortais

De forma direta, exumar significa "tirar da terra" (do latim ex humus). No contexto funerário, aplica-se especificamente à remoção de restos humanos – a ossada – de sua sepultura. Não se trata de um segundo funeral, mas de uma etapa administrativa ou legal que pode ocorrer anos após o sepultamento inicial.

O objetivo principal é gerenciar o espaço nos cemitérios ou atender a solicitações específicas, como investigações ou transferência dos restos mortais.

Qual a diferença entre exumação e sepultamento?

Embora ambos os termos se relacionem ao local de descanso final de uma pessoa, são processos distintos:

•Sepultamento (ou inumação): É o ato de enterrar o corpo de uma pessoa falecida, geralmente logo após o falecimento e o velório. O corpo é colocado em um caixão e depositado em uma sepultura.

•Exumação: É o ato de desenterrar os restos mortais (ossos) que já passaram pelo processo de decomposição, anos após o sepultamento inicial. A finalidade não é o enterro em si, mas a remoção para outro destino ou para liberar espaço.

Por que a exumação acontece?

A exumação não é um procedimento aleatório; ela ocorre por razões específicas, geralmente ligadas à gestão do espaço cemiterial, a pedidos familiares ou a determinações legais. Entender esses motivos ajuda a compreender a necessidade e a frequência desse processo.

MotivoDescriçãoIniciativa comum
AdministrativoFim do prazo de concessão do jazigo, necessidade de espaço no cemitério.Administração do cemitério (público)
Solicitação familiarTransferência para outro local, opção por cremação posterior.Família / Responsável legal
JudicialInvestigação criminal (homicídio, morte suspeita), teste de DNA.Poder judiciário (Juiz)

Motivos administrativos: prazo do jazigo e falta de espaço

Esta é uma das causas mais comuns, especialmente em cemitérios públicos. Os jazigos (ou covas) são frequentemente concedidos por um período determinado (concessão temporal). Ao final desse prazo, se a concessão não for renovada (quando possível) ou se o espaço for necessário para novos sepultamentos, a administração do cemitério pode realizar a exumação administrativa.

A superlotação é um desafio crescente para muitos cemitérios urbanos, tornando a exumação uma ferramenta necessária para garantir a disponibilidade de espaços para novos sepultamentos. A família é geralmente notificada com antecedência sobre a necessidade da exumação administrativa.

Solicitação da família: transferência ou cremação

Transferência ou cremação
Transferência ou cremação

Os familiares ou o responsável legal pelo jazigo podem solicitar a exumação por motivos particulares. As razões mais frequentes incluem:

•Transferência: A família pode desejar transferir os restos mortais para outro cemitério, cidade ou até mesmo país, seja por mudança de residência da família ou por desejo de reunir os entes queridos em um único local (jazigo familiar).

•Cremação: Mesmo que o sepultamento tenha sido a opção inicial, a família pode decidir posteriormente pela cremação dos restos mortais. Para isso, a exumação é necessária para retirar os ossos e encaminhá-los ao crematório.

•Reforma ou construção no jazigo: Em alguns casos, pode ser necessária a remoção temporária dos restos mortais para realizar obras ou manutenções no jazigo.

Determinação judicial: investigações criminais ou de paternidade (DNA)

A justiça pode determinar a exumação de um corpo como parte de processos legais. Isso ocorre principalmente em situações como:

•Investigações criminais: Em casos de morte suspeita, homicídio ou quando surgem novas evidências que exigem análise do corpo (mesmo após anos), a justiça pode ordenar a exumação para exames periciais (balística, toxicologia, análise de lesões).

•Investigação de paternidade (Teste de DNA): Quando não foi possível realizar o teste de DNA em vida e há uma disputa legal sobre paternidade, a exumação pode ser autorizada para coleta de material genético dos restos mortais.

•Identificação de corpos: Em situações onde a identidade do falecido é incerta ou contestada.

Nestes casos, a exumação ocorre sob estrita supervisão judicial e pericial, independentemente do prazo padrão de 3 anos.

Exumação é obrigatória?

Uma dúvida comum é se a família é obrigada a realizar ou autorizar a exumação. A resposta depende da situação específica, do tipo de cemitério e das circunstâncias que levaram à necessidade do procedimento.

Regras gerais para cemitérios públicos e particulares

•Cemitérios públicos: Nestes locais, a exumação frequentemente se torna uma exigência administrativa após o término do período de concessão do jazigo (geralmente 3 a 5 anos, dependendo do município). Como o espaço é público e limitado, a remoção dos restos mortais é necessária para liberar a vaga para novos sepultamentos. A família é notificada e orientada sobre os procedimentos e prazos. A não manifestação ou não localização da família pode levar à exumação administrativa pela própria gestão do cemitério.

•Cemitérios particulares: As regras são definidas no contrato de concessão do jazigo (que pode ser perpétuo ou por tempo determinado). Se o contrato prevê a necessidade de exumação após um certo período ou para desocupação (em caso de inadimplência, por exemplo), ela pode ser exigida contratualmente. Em jazigos perpétuos, a exumação geralmente só ocorre por solicitação da família ou por ordem judicial.

O que ocorre se a família não autorizar ou não for localizada?

Quando a exumação é uma exigência administrativa (cemitério público) ou contratual (cemitério particular), e a família, após ser devidamente notificada (por editais públicos, cartas registradas, etc.), não se manifesta, não é localizada ou se recusa a tomar as providências necessárias dentro do prazo estipulado, o cemitério geralmente tem a prerrogativa de realizar a exumação.

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Nesses casos, os restos mortais são removidos e, comumente, encaminhados para um ossuário geral ou comunitário. É fundamental que o cemitério siga rigorosamente os procedimentos legais de notificação para evitar contestações futuras.

Consequências de não realizar a exumação quando exigida por lei ou contrato

Ignorar a necessidade de exumação quando ela é legalmente ou contratualmente exigida pode trazer algumas consequências:

•Realização pela administração: Como mencionado, o cemitério pode realizar o procedimento e encaminhar os restos mortais para um ossuário geral.

•Custos adicionais: A família pode ser cobrada pelos custos da exumação realizada pela administração, além de eventuais taxas de armazenamento no ossuário geral.

•Perda de direitos contratuais: Em cemitérios particulares, a inércia pode levar à perda de direitos sobre o jazigo, conforme estipulado em contrato.

•Implicações legais (casos judiciais): Se a exumação foi determinada por ordem judicial e não for cumprida, pode haver sanções legais para os responsáveis.

É sempre recomendável que a família mantenha seus dados de contato atualizados junto à administração do cemitério e responda às notificações para participar das decisões sobre o destino dos restos mortais.

Prazos legais para exumação no Brasil

O tempo é um fator crucial no processo de exumação. Existe um período mínimo que geralmente deve ser respeitado antes que a retirada dos restos mortais possa ocorrer, principalmente para garantir que o processo natural de decomposição esteja suficientemente avançado.

O prazo padrão de 3 anos após o sepultamento

A legislação brasileira, de forma geral, e as normas sanitárias estabelecem um prazo mínimo de 3 (três) anos após a data do sepultamento para que a exumação possa ser realizada. Esse período é considerado o tempo médio necessário para a decomposição completa das partes moles do corpo em condições normais de sepultamento, restando apenas a ossada.

Este prazo visa garantir que o manuseio dos restos mortais seja mais seguro do ponto de vista sanitário, minimizando riscos biológicos para os profissionais envolvidos e para o ambiente.

Existem exceções a essa regra de tempo?

Sim, existem situações específicas em que a exumação pode ocorrer antes do prazo padrão de 3 anos. A principal exceção é a determinação judicial. Quando a justiça ordena a exumação para fins de investigação criminal, identificação ou teste de paternidade, o prazo de 3 anos não se aplica. A necessidade legal se sobrepõe à regra temporal padrão.

Outras situações, como desastres naturais que afetem o cemitério ou riscos sanitários iminentes comprovados, também poderiam, em tese, justificar uma exumação antecipada, mas são casos muito raros e que exigiriam autorização das autoridades competentes.

Como verificar o prazo específico para um túmulo?

Embora 3 anos seja a regra geral, o prazo exato pode variar ligeiramente dependendo:

•Da legislação municipal: Cada município pode ter regulamentações próprias sobre serviços funerários e cemitérios.

•Do regulamento interno do cemitério: Cemitérios públicos e particulares podem ter normas internas que especificam os prazos para exumação administrativa.

•Do contrato (cemitérios particulares): O contrato de concessão do jazigo pode estipular prazos específicos.

A forma mais segura de verificar o prazo aplicável a um túmulo específico é entrar em contato diretamente com a administração do cemitério onde o sepultamento ocorreu. Eles poderão informar sobre o prazo regulamentar e a data prevista para uma eventual exumação administrativa, caso aplicável.

Quem pode solicitar e autorizar a exumação?

A iniciativa para o processo de exumação pode partir de diferentes partes, dependendo do motivo e do contexto. A autorização formal também segue regras específicas para garantir a legalidade e o respeito aos envolvidos.

O papel da família e do responsável legal pelo jazigo

A família direta do falecido (cônjuge, descendentes, ascendentes, irmãos) ou o responsável legal pelo jazigo (a pessoa que detém o contrato de concessão junto ao cemitério) são os principais legitimados a solicitar a exumação por motivos particulares. Isso inclui os casos de transferência dos restos mortais para outra localidade ou a opção pela cremação posterior.

Para solicitar, geralmente precisam apresentar documentos que comprovem o parentesco ou a titularidade do jazigo, além da certidão de óbito e documentos pessoais. A administração do cemitério orientará sobre o procedimento específico.

DocumentoQuem fornece / apresentaObservação importante
Certidão de óbitoFamília / responsávelOriginal ou cópia autenticada.
RG e CPF do requerenteFamília / responsávelIdentificação de quem solicita.
Comprovante de parentescoFamília / responsávelCertidão de Casamento/Nascimento, etc.
Comprovante de titularidadeFamília / responsávelContrato do jazigo (cemitério particular).
Requerimento de exumaçãoAdministração cemitérioFormulário a ser preenchido no local.
Autorização judicialJustiçaApenas para casos de exumação judicial.

Quando a autorização judicial se torna indispensável?

A intervenção do poder judiciário é necessária em situações específicas, onde a exumação não é apenas uma questão administrativa ou familiar, mas sim um ato processual. A autorização judicial é indispensável nos casos de:

•Investigações criminais: Para coleta de provas em casos de homicídio, morte suspeita, etc. Os avanços na análise de DNA tornam a exumação uma ferramenta relevante mesmo após anos.

•Investigação de paternidade: Para coleta de material genético (DNA).

•Disputas familiares: Quando há conflito entre os familiares sobre a realização da exumação ou o destino dos restos mortais.

Carro fúnebre o veículo funerário

•Interesse público: Em raras situações que envolvam saúde pública ou identificação em massa (desastres).

Nestes cenários, a solicitação é feita ao juiz competente, que analisará o caso e, se deferir, expedirá um mandado de exumação.

A administração do cemitério pode iniciar o processo?

Sim, a administração do cemitério, especialmente nos cemitérios públicos, pode e frequentemente inicia o processo de exumação administrativa. Isso ocorre principalmente quando:

•O prazo de concessão do jazigo expira: E a família não toma providências para renovação ou retirada dos restos mortais.

•Há necessidade de liberar espaço: Devido à superlotação ou para projetos de reorganização do cemitério.

•Inadimplência (cemitérios particulares): Conforme previsto em contrato, a falta de pagamento das taxas de manutenção pode levar à retomada do jazigo e à exumação.

Mesmo nesses casos, a administração deve seguir os procedimentos legais de notificação da família antes de realizar a exumação. Métodos tradicionais como editais e cartas registradas ainda são usados, mas há uma tendência crescente de digitalização, com notificações por e-mail ou portais online, tornando a comunicação mais ágil (verifique os procedimentos do cemitério específico).

Como funciona o procedimento de exumação?

A exumação é um processo técnico que exige planejamento, cuidado e o cumprimento de protocolos específicos para garantir a segurança sanitária e o respeito aos restos mortais e à família.

Passo a passo da notificação à retirada dos despojos

Embora possa haver pequenas variações dependendo do cemitério e do motivo, o procedimento geral de exumação segue estas etapas:

1.Notificação/solicitação: A família é notificada sobre a necessidade da exumação administrativa ou solicita a exumação por motivos particulares. Em casos judiciais, a ordem vem do tribunal.

2.Autorização e agendamento: A documentação necessária é apresentada e verificada. Uma vez autorizada, a exumação é agendada.

3.Preparação do local: No dia agendado, a equipe do cemitério isola a área ao redor do túmulo.

4.Abertura da sepultura: A lápide ou tampa do jazigo é removida com cuidado. A terra ou os compartimentos internos são acessados.

5.Localização e remoção dos despojos: Os restos mortais (ossada) são cuidadosamente localizados e retirados da sepultura.

6.Acondicionamento: Os ossos são acondicionados em uma urna apropriada, geralmente menor que o caixão original, ou em um saco específico para despojos.

7.Identificação: A urna recebe uma etiqueta de identificação clara com os dados do falecido.

8.Limpeza e fechamento: O local da sepultura é limpo e fechado adequadamente.

9.Encaminhamento: A urna com os despojos é encaminhada para o destino definido (ossuário, crematório, outro cemitério).

Profissionais envolvidos e equipamentos de proteção individual (EPI)

A exumação deve ser realizada por profissionais treinados do cemitério (coveiros, equipe de manutenção). Dada a natureza do trabalho e os riscos biológicos potenciais, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é obrigatório. Isso inclui:

•Macacões impermeáveis ou de proteção

•Luvas resistentes (nitrílicas ou de borracha)

•Máscaras respiratórias (PFF2 ou N95)

•Óculos de proteção

•Botas impermeáveis

O que os cemitérios fazem com os ossos?

Em exumações judiciais, peritos criminais e representantes legais também podem estar presentes.

Protocolos de segurança e higiene durante o processo

Além do uso de EPIs, diversos protocolos são seguidos para garantir a segurança:

•Isolamento da área: Para evitar a circulação de pessoas não autorizadas.

•Horário adequado: Muitas vezes realizado em horários de menor movimento no cemitério.

•Manuseio cuidadoso: Para preservar a integridade dos restos mortais e evitar dispersão de material.

•Descarte correto: Qualquer material contaminado (restos de urna, tecidos) é descartado conforme as normas sanitárias.

•Higienização: Os profissionais realizam a higienização pessoal e dos equipamentos após o procedimento.

O cumprimento rigoroso desses protocolos é essencial para a saúde dos trabalhadores e para a manutenção da ordem e respeito no ambiente cemiterial.

Documentos necessários para a exumação

Para que o processo de exumação ocorra de forma legal e organizada, é preciso apresentar uma série de documentos à administração do cemitério ou à autoridade competente (em casos judiciais). A documentação comprova a legitimidade do solicitante e fornece os dados essenciais do falecido.

Certidão de Óbito, RG, CPF, comprovante de parentesco

A lista exata pode variar um pouco entre cemitérios e municípios, mas geralmente os documentos essenciais exigidos são:

•Certidão de óbito do falecido: Original ou cópia autenticada. Este é o documento principal que comprova o falecimento e contém dados importantes.

•Documentos de identificação do Requerente: RG (ou CNH válida) e CPF (originais e cópias) da pessoa que está solicitando a exumação (familiar ou responsável legal).

•Comprovante de parentesco: Documentos que atestem o vínculo familiar entre o requerente e o falecido (Certidão de Casamento, Certidão de Nascimento). Isso é crucial para comprovar a legitimidade do pedido.

•Comprovante de titularidade do jazigo (se aplicável): Em cemitérios particulares, pode ser exigido o contrato de concessão ou outro documento que comprove que o requerente é o responsável pelo jazigo.

•Requerimento de exumação: Formulário específico fornecido pela administração do cemitério, que deve ser preenchido e assinado pelo solicitante.

•Autorização judicial (se aplicável): Cópia do mandado judicial que determina a exumação, nos casos legais.

Onde solicitar a autorização e entregar a documentação?

A solicitação formal de exumação e a entrega da documentação devem ser feitas diretamente na administração do cemitério onde o corpo está sepultado.

Eles fornecerão o formulário de requerimento, verificarão a documentação apresentada e, se tudo estiver em ordem, darão andamento ao processo, incluindo o agendamento.

Em casos de exumação por ordem judicial, a documentação inicial (como a própria ordem) tramita no processo judicial, mas cópias e documentos adicionais podem ser solicitados pela administração do cemitério para fins de registro e procedimento interno.

Quanto custa uma exumação?

A exumação é um serviço que envolve custos, e entender quais são essas despesas e quem é responsável por elas é fundamental para o planejamento financeiro da família ou do responsável.

Tipo de custoDescriçãoResponsável típico pelo pagamento
Taxa de exumaçãoCobre o serviço de retirada dos restos mortais.Família / Responsável legal
Taxa de ossuárioAluguel ou compra de espaço no ossuário (individual).Família / Responsável legal
Taxa de cremaçãoCusto do serviço de cremação dos ossos.Família / Responsável legal
Taxas de manutençãoAnuidade ou taxa de manutenção do ossuário individual.Família / Responsável legal
Taxas de transporteCusto para transferir a urna para outra localidade.Família / Responsável legal

Taxas comuns cobradas pelos cemitérios (taxa de exumação)

Os cemitérios, tanto públicos quanto particulares, geralmente cobram uma taxa de exumação para cobrir os custos operacionais do procedimento. Essa taxa pode incluir:

•Mão de obra dos profissionais envolvidos.

•Uso de equipamentos de segurança (EPIs).

•Abertura e fechamento da sepultura.

Depois de quanto tempo pode enterrar outra pessoa no túmulo?

•Fornecimento da urna menor para acondicionamento dos ossos.

Além da taxa de exumação propriamente dita, podem existir custos adicionais dependendo do destino escolhido para os restos mortais:

•Taxa de permanência em ossuário: Se os ossos forem depositados em um ossuário (individual ou comunitário), pode haver uma taxa anual ou única.

•Taxa de cremação: Caso a família opte pela cremação dos ossos.

•Taxas de transporte: Se os restos mortais forem transferidos para outro cemitério ou cidade.

Quem é o responsável pelo pagamento dessas taxas?

Regra geral, a responsabilidade pelo pagamento das taxas de exumação e custos associados recai sobre a família do falecido ou o titular do contrato de concessão do jazigo.

•Exumação solicitada pela família: Quando a família pede a exumação (para transferência, cremação, etc.), ela arca com todos os custos.

•Exumação administrativa (cemitério público): Mesmo quando a iniciativa parte do cemitério por término de prazo, a família notificada é geralmente responsável pelos custos se quiser dar um destino específico aos restos mortais (ossuário individual, cremação). Se a família não se manifestar, o cemitério realiza o procedimento, mas pode tentar cobrar os custos posteriormente ou incluir taxas no caso de futuras solicitações relacionadas ao falecido.

•Exumação judicial: Os custos podem ser definidos pelo juiz no processo, podendo ser atribuídos à parte solicitante ou considerados como despesas processuais.

Fatores que podem influenciar o valor final do serviço

O custo total da exumação pode variar consideravelmente dependendo de alguns fatores:

•Tipo de cemitério: Cemitérios particulares geralmente têm taxas mais elevadas que os públicos.

•Localização geográfica: Os preços podem variar entre cidades e estados.

•Complexidade do procedimento: Jazigos mais complexos de abrir podem ter custos maiores.

•Destino dos restos mortais: A escolha entre ossuário comunitário (mais barato), ossuário individual, cremação ou transferência impacta diretamente o custo final.

•Serviços adicionais: Contratação de cerimônias, transporte especial, etc.

É sempre recomendável solicitar um orçamento detalhado à administração do cemitério antes de iniciar o processo.

O destino dos restos mortais após a exumação

Após a retirada dos ossos da sepultura original, uma questão fundamental surge: qual será o destino desses restos mortais? Existem algumas opções padrão oferecidas pelos cemitérios e legislações, e a escolha geralmente envolve a participação da família.

Ossuário individual ou comunitário, urna menor

Os restos mortais exumados são primeiramente acondicionados em uma urna menor, específica para ossos, ou em um saco plástico apropriado e identificado. A partir daí, as opções mais comuns para o destino final são:

•Ossuário individual: Um compartimento menor, geralmente localizado em alas específicas do cemitério, destinado a abrigar permanentemente os restos mortais de uma única pessoa. A família pode adquirir ou alugar este espaço.

•Ossuário comunitário (ou geral): Um local coletivo onde os restos mortais de diversas pessoas são depositados juntos. Esta opção é frequentemente utilizada quando a família não é localizada, não se manifesta após a notificação da exumação administrativa, ou opta por não arcar com os custos de um ossuário individual ou cremação.

•Jazigo familiar: Se a família possui um jazigo perpétuo com espaço disponível, os restos mortais podem ser depositados ali, junto a outros membros da família.

•Transferência: A urna com os ossos pode ser transferida para outro cemitério, cidade ou país, conforme desejo da família.

Cremação dos ossos como alternativa

A cremação é uma alternativa cada vez mais considerada. Após a exumação, os ossos podem ser encaminhados para um crematório. As cinzas resultantes são entregues à família em uma urna cinerária, que pode ser guardada em casa, depositada em um columbário (nicho para cinzas em cemitérios ou locais específicos), ou ter suas cinzas espargidas em local significativo, conforme a legislação local permitir.

A cremação pós-exumação oferece uma solução definitiva e libera a família de taxas futuras de manutenção de ossuários.

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Como a família participa da decisão sobre o destino?

Idealmente, a família (ou o responsável legal) é quem decide o destino dos restos mortais. Quando a exumação é solicitada pela família, a escolha do destino já faz parte do planejamento. Em exumações administrativas, o cemitério notifica a família sobre o procedimento e apresenta as opções disponíveis (ossuário individual, comunitário, cremação, transferência), juntamente com os custos associados.

A família tem um prazo para se manifestar e escolher a opção desejada. A falta de manifestação geralmente resulta no encaminhamento para o ossuário comunitário. Manter os dados de contato atualizados junto ao cemitério é crucial para garantir a participação nessa decisão.

Mais informações acesse: https://www-hml.tjrj.jus.br/noticias/noticia/-/visualizar-conteudo/5111210/7941090

Em Serviços e produtos funerários temos diversos artigos sobre este tema.

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